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abril 2020

Mercado de M&A português chega aos 13,4 mil milhões de euros em 2019

Segundo o M&A Report 2020, as transações de M&A em Portugal atingiram o valor de 13,4 mil milhões de euros em 2019. Tanto o número de transações como os valores envolvidos aumentaram em relação a 2018

mercado de fusões e aquisições, ou M&A, em Portugal somou 13,4 mil milhões de euros em 2019. De acordo com a Transactional Track Record (TTR), o setor imobiliário foi o mais ativo, embora se tenha verificado um ligeira quebra no ano passado.

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Segundo o M&A Report 2020, os setores em que se registou um maior crescimento foram o financeiro e o dos seguros, que “compensaram a queda no setor imobiliário”. Tanto o número de transações como os valores envolvidos aumentaram em relação a 2018, com uma subida de 15,09% e 17,85%, respetivamente.

“O número de transações foi de facto o mais alto de todos os tempos, no entanto os negócios foram menores em termos de valor“, lê-se no relatório anual.

No que concerne às transações de M&A com outros países, ocorreram cerca de 100 que envolveram a “aquisição de empresas nacionais por entidades estrangeiras”. Espanha é o país que em 2019 realizou o maior número de negócios em Portugal. O investimento espanhol traduziu-se no valor de 289 milhões de euros.

segundo país que mais negócios estabeleceram com Portugal em 2019 foi os Estados Unidos da América, com um investimento de cerca de 682 milhões de euros. Logo a seguir posiciona-se o Reino Unido, gerando cerca de 710 milhões de euros através de operações de M&A.

Ainda assim, relativamente ao valor geral de negócio, França foi quem mais investiu em Portugal. No total foram despendidos através de operações de M&A cerca de mil milhões de euros.

Por outro, as empresas portuguesas investiram principalmente em Espanha, França e no Brasil, com três transações em cada país. Enquanto nos dois primeiros países o valor total do investimento rondou os 800 milhões de euros, no Brasil a transação apenas somou 50 milhões de euros.

“Embora o mercado português esteja numa trajetória ascendente, houve algumas flutuações nos valores de investimento e nos setores alvo”, lê-se no relatório.

O M&A Report 2020 identifica ainda que o mercado é principalmente impulsionado por fusões e aquisições privadas. “No entanto isso não significa que não haja transações de empresas públicas relevantes”, nota.

Ainda assim, o investimento em fundos de private equity caiu 13,69% em 2019, sendo apenas realizadas 39 operações. O negócio da venda da Partex à PTTEP, uma empresa tailandesa, cotada em Bolsa, que integra os índices Dow Jones Sustainability. O negócio rendeu 622 milhões de dólares, cerca de 555 milhões de euros.

A venda da Tranquilidade foi outro dos negócios em destaque. A italiana Generali pagou 510 milhões de euros pela Seguradoras Unidas e mais 90 milhões pela AdvanceCare.

Segundo o relatório, o crescimento da consolidação do mercado M&A português é justificado por vários fatores. Desde o fim do “acesso ao financiamento” como bloqueio decisivo nos negócios, passando pela “decisão do Banco Central Europeu de manter as taxas de juro baixas”, vários são os motivos apontados. O Brexit é também referenciado como um possível fator.

M&A Report 2020 teve a coordenação da Latham & Watkins e contou com a colaboração de várias firmas espalhadas pelo mundo que analisaram o mercado de M&A. Em Portugal, a sociedade de advogados convidada pela International Financial Law Review foi a Raposo Bernardo & Associados, que escreveu o capítulo sobre o país.

Joana Andrade Correia e Nelson Raposo Bernardo, responsáveis pelo departamento de corporate M&A da Raposo Bernardo, apresentaram alguns dados recentes sobre o mercado transacional em Portugal, percorrendo também as principais regras aplicáveis, no nosso país, às operações de fusões e aquisições


Source: ECO - Portugal 


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