Relatório da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) mostra que em 2022, os investimentos em venture capital (VC) cresceram 20% no Brasil, em comparação com 2021. Outro dado interessante do relatório é o aumento do número de startups brasileiras que obtiveram grande crescimento e relevância no mercado, com crescimento de 30% ano passado.

São dados que vão ao encontro dos números trazidos pelo "Brazil Venture Capital Report 2023", publicado pela KPMG, mostrando que o mercado de VC no Brasil cresceu 24% em 2022, totalizando US$ 7,5 bilhões em investimentos.

Em contrapartida, relatório da TTR Data mostra uma redução de 23% no primeiro semestre deste ano no mercado de M&As na América Latina.

Esse desempenho do VC, de altos e baixos, mostra uma adaptação do mercado no pós-pandemia, frente as adversidades do cenário macroeconômico mundial. Nos EUA, o VC tem mostrado sinais de recuperação após um período de desaceleração dos aportes, somada a layoffs e down rounds. Por lá, rodadas de investimento mais recentes têm colocado os valuations para cima, com sinais claros de uma melhora do humor dos investidores.

Exemplos não faltam para mostrar que o VC pode estar no rumo de uma nova trajetória, não só nos EUA, mas na América Latina. No Brasil, a recente investida da Visa na startup brasileira Pismo – por US$ 1 bilhão – dá indícios de um novo caminho do mercado daqui pra frente.

No mercado americano, dados da Carta, plataforma global de gestão de ações e instrumentos de capital para empresas, mostra que em todas as etapas, do pré-seed à Série D, houve um aumento da média dos valuations no VC. Portanto, uma análise mais criteriosa pode considerar que o mercado vai se estabilizar, os investidores voltarão a apostar alto no VC, na medida em que as startups obtenham maior maturidade para apresentar modelos de negócios consistentes e métricas operacionais mais sólidas. Isso tanto nos EUA como na América Latina.

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